A cada ano que começa, uma chuva de projeções de diversas áreas são compartilhadas com o intuito de preparar profissionais para os desafios que vão enfrentar dali em diante.
Mas, não há como olhar para o futuro sem avaliar como foi nossa jornada até aqui.
Neste post vamos falar sobre:
Então, vamos lá!
“Toda notícia que couber, a gente publica”.
A frase encontrada pelo historiador Robert Darnton em 1960 em uma delegacia de Manhattan, na época em que foi repórter do The New York Times, traz com ela ao menos duas marcas do jornalismo feito naquele período:
A estrutura das redações - de jornal impresso, com seu espaço e editoriais bem definidos;
O modelo de negócios dos veículos de comunicação, que entre os anos de 1940 a 1980 financiou “os anos dourados” do jornal impresso nos EUA.
Segundo o historiador, ambos os aspectos interferiram diretamente no modo de produção da notícia. Então, literalmente, só entraria no jornal o que “coubesse”.
Outra característica que Darnton também conta em seu livro “O Beijo de Lamourette", é que devido a influência do ambiente de trabalho e o relacionamento dos jornalistas com as fontes de notícia da época, as reportagens produzidas refletiam os interesses de pequenos grupos de pessoas, além de dialogar nas entrelinhas com outros jornalistas - o que era fomentado pela competição entre as equipes de diversas redações.
No que diz respeito ao contato com o público geral, não havia proximidade com ele e os feedbacks (as cartas dos leitores) eram raros.
De lá para cá
Então, surge no início da década de 1990 os primórdios do Jornalismo Digital, que figurava como a versão online dos jornais impressos. A dinâmica de produção seguia o modelo do jornalismo impresso, mas que naturalmente não foi capaz de sustentar.
Com a explosão das mídias sociais, a imprensa passou a utilizá-las com objetivo de informar começando pelo Twitter, em 2006. Essa apropriação da rede social inaugurou uma jeito diferente - mais próxima e colaborativa - de levar informação ao público e deste interegir com a notícia. Somando-se esses fatos ao acelerado desenvolvimento de novas tecnologias, o comunicador hoje se vê diante de um cenário que exige dele novas competências. Habilidades que até mesmo as faculdades e universidades ainda muito lentamente promovem.
E o que vem por aí?
Profissionais de imprensa ligados ao Nieman Lab, um laboratório de estudos de mídia da Universidade de Harvard, deram algumas previsões sobre os desafios da atividade jornalística em 2022. (texto em inglês, mas dá para ler com uma forcinha do Google Translate. Vale a pena!)
Dentre elas, podemos destacar ao menos 10: 1. A nova ênfase na cobertura das questões climáticas, que voltam com força; 2. O que as novas gerações pensam sobre o jornalismo; 3. A checagem de fatos especializada; 4. O uso de tecnologia como “aceleradora” da verdade; 5. Jornalismo e Web 3.0. 6. A sustentabilidade dos veículos e produção de notícias; 7. A acessibilidade dos produtos jornalísticos; 8. A relevância das notícias locais; 9. Jornalistas como produtores digitais; 10. A diversidade em pauta. Diante deste panorama, notadamente se conclui que as competências do comunicador desta geração não se resumem ao conhecimento de técnicas e métodos, pura e simplesmente.
É fundamental conhecer como se dá o processo de comunicação, seus envolvidos e interesses que possuem. Como também é necessário compreender de que maneiras a Comunicação funciona como essa balança que busca equilibrar as necessidades sociais por meio de informações e notícias relevantes.
Nós, da Comradio, entendemos que pode parecer complexo o mecanismo necessário para o excercício da atividade jornalística. Mas assumimos com você um compromisso de simplificar conceitos, tornar o conhecimento prático e conduzir você a ter resultados em Comunicação.
Podemos te garantir que 2022 vem recheado de novidades e desafios. E estamos muito entusiasmados com isso!
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